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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ 2011!



Que em 2011 possamos seguir trilhando esta caminhada com a ESPERANÇA de RESGATE do papel dos RANCHOS na ETA.

Portanto, é momento de comemorarmos o novo ano e manter viva a chama que nos UNE!

Um FELIZ 2011 a tod@s Nós!



sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Os Ranchos e suas zonas

Abrimos no blog, espaços para algumas entrevistas exclusivas sobre temas da ETA. Para começar esta série, contamos com Jairton Nunes Vieira, técnico em agricultura, formado em 1998, foi presidente do CECAT e hoje é vice-presidente da Coopernorte Cooperativa, em Viamão.


Quais são as zonas do Ranchos da ETA? Os Ranchos são distribuídos geograficamente em três zonas – Mata, Vento e Sapo.


Fale um pouco sobre elas? A Zona da Mata é assim denominada por compreender uma parte mais alta, nas proximidades do prédio do refeitório, onde situa-se o Rancho Centauro, lugar maravilhosamente aconchegante. Já a Zona do Vento, local onde a brisa é sempre constante ouve-se o barulho dos veículos passando na RS 040 era local de maior número de Ranchos de “pelo duro” na sua época de escola. Ao longe se observam maricazais as margens do arroio Vigário. A Zona do Sapo, devido a abundância deste anfíbio no inverno, devido a umidade do rigoroso inverno na ETA. Lembro quando dormíamos no Solar dos dos Inocentes ouvindo os sapos a noite toda.”


Qual sua melhor lembrança deste tempo? Sem dúvida, da competição do interzona que representava uma grande disputa. Tinha ainda o torneio da polenta. Mas tenho mais saudades dos tempos do CECAT onde fui presidente 95/96 com muita dedicação que me custou um ano de reprovação. Mas foi muito útil pois lá aprendi a fazer política, que é onde estou engajado atualmente. Grande parte do que me transformei hoje devo a ETA, ao CETAT e aos Ranchos, por isso quero contribuir com sua reestruturação. Eles contribuem muito na formação dos técnicos agrícolas na visão política e social.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O Agro-Técnico


Acaba de sair a mais ampla pesquisa qualitativa já feita no País sobre o uso do jornal como aliado da educação. E o resultado é categórico: o texto jornalístico é uma importante ferramenta pedagógica não só para o aluno e professor, mas para a comunidade escolar e a própria família. A dobradinha revoluciona conceitos e comportamentos e pode ser considerada uma alternativa segura de investimento social.

O jornal na escola, produzido de forma democrática, dando condições aos alunos, professores e comunidade se expressarem enriquece todo processo educacional. Assim era “O Agro-técnico”, uma produção genuinamente “eteana”, onde eram expostos notícias, informações e diversos assuntos sobre a ETA, CECAT, CTG e obviamente, sobre os Ranchos.

A editoria do jornal se dava no Departamento de Imprensa e Publicidade (DIP), um dos vários setores do CECAT que se responsabilizava por pensar as estratégias de comunicação na escola. Um verdadeiro exemplo de participação, cidadania e estimulo a superação de desafios.

Na foto, direção do CECAT e DIP (1972)

domingo, 5 de dezembro de 2010

Rancho Chaparral

O ano de 1974 teve alguns acontecimentos importantes no Brasil e no Mundo. Era ano de Copa do Mundo. A seleção brasileira fez uma campanha apenas regular (chegou na quarta posição). Mas o futebol que encantou o mundo foi praticado pela Holanda, a “Laranja Mecânica”, que com um futebol alegre, ofensivo e solidário trucidou todos os seus adversários, menos os donos da casa (Alemanha Ocidental), que derrotaram os holandeses na final por 2 a 1.

Ainda no esporte, o Brasil brilhava também ns pistas. Recém-saído da Lotus, o campeão de 1972 Emerson Fittipaldi garantia o bicampeonato em seu primeiro ano na então novata McLaren. O título foi conquistado de forma apertada na última etapa em Watkins Glen (Estados Unidos). Fittipaldi terminou em quarto, derrotando por pontos seus rivais Clay Regazzoni (Ferrari) e Jody Scheckter (Tyrell), na prova que foi marcada pela vitória do argentino Carlos Reutemann e pelo acidente fatal do austríaco Helmuth Koinigg.

No território brasileiro, a Ditadura Militar estava em seu auge. Ernesto Geisel assumia a presidência. A TV em cores ainda engatinhava. No RS, o Inter sagrava-se campeão gaúcho. E o estado era governado por Walter Peracchi Barcelos da ARENA.

Foi neste cenário que foi fundado o Rancho Chaparral, tendo entre seus "componentes fundadores" colegas de diversas etnias da região serrana e de Viamão. São eles, Moacir (Gaivota), Juares Rocha (Parachoque), Juarez Souza, (Lagarto) Maurício(Landrace) , Agenor Gedoz ( Ceborréia), José Paulo ( Manjolo), Itamar Matos, Elidio (Lampeão), Jose Bassanesi(Égua), Juliano (Dengosa) e Valdir (Tabacudo). Localizado em área de frondosas árvores, estaria ai o significado da escolha do nome, devido aos conhecidos "campos de chaparros". O Chaparral, com toda sua beleza e ornação gaudéria representou a essência do camperismo presente em grande parte dos Ranchos.

Contribuição de Moacir da Silva Rocha

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

As pontes da nossa vida


Homem que não tem passado
Não tem futuro também
Pois o tempo intreverado
Aponta os dedos que tem
Para o que foi importante
E nos tem levado adiante
Para atar um forte laço
Entre o futuro e passado
Que caminham lado a lado
Recolhem todo pedaço
Da história e guardam no peito
No altar do precioso feito.
Os atos que praticamos
São parte de nossa história
E nunca, nunca ficamos
Sem pagar por nossos atos
Acusa-nos a memória
Condenam-nos esses fatos.
Por isso falo dos ranchos
Da ETA abandonados
Literalmente tombados
Parecendo já garranchos
Nunca página escrita
De uma história tão bonita.
Os ranchos nessa escola
Eram pura tradição
Eram a casa do campeiro
Era a pele que se esfola
Combustível do candeeiro
que chega ao coração.
Eram a história sagrada
O farol que nos guiava.
Qualquer mar que navegava
Alguém num rancho iniciado
Não tinha medo de nada
Havia um porto indicado.
No mapa da nossa vida
Esperando pra atracar
O navio da existência
Já com jornada cumprida
Não importando a querência
Nem objetivo a buscar.
Era um porto de passagem
Com história ali gravada
Onde a Sagrada Mensagem
Forte, na mente cunhada
Ilumina o mais adiante
Na rota do viajante.
Nos ranchos se discutia
De tudo que se passava
Conceitos fortes havia
Sobre quem nos comandava
O destino, a nossa gente
E a riqueza da mente.
Os ranchos de aniversário
Tinham luz que nos guiava
Sagrado depositário
De tantos nossos segredos
Cofre lá, agora, sem trava,
Escancarado, sem medos.
De várias fases da história
Que marcaram esse chão
Os corpos eram dobrados
A fibra e a mente não.
Vivos fatos na memória
Grilhões que foram quebrados.
Nos encontros expatriados
Os ranchos são construídos
Com força de nossas mentes
Enquanto quedam, tombados
Já sem vida, destruídos
Somos as suas sementes
Nós levamos sua herança
Em formato e arquitetura
Seu cabedal de lembrança
Força interna e estrutura
O cerne e tudo mais
Que forma os seus anais.
É uma forma virtual
Mas tem consistência e massa
Toda a história, ali, sustenta
Aquele, sempre atual
Presente que nunca passa
Quando a saudade aumenta.
Quando verdades se buscam
Nos paradigmas da vida
Tantas luzes não se ofuscam
Por mais que o tempo dispare
Não há idade sentida
Que esta jornada pare.
Homens que não têm passado
Não têm futuro também.
Por isso aos ranchos respeitem
Por tudo que eles têm dado
Sua destruição nunca aceitem
Nem deixem que vá além.
Vamos lutar, reerguer
Todas as velhas taperas
Que foram ranchos em eras
Tão recentes. Vamos crer
Que pare essa demência
Da destruição da querência.
Às vezes quem não conhece
Faz coisa até sem maldade
Porém comete um pecado
Contra a história, se esquece
Sua responsabilidade
Bota o bom senso de lado.
É nesse momento, então
Que se vê quem tem grandeza
Pois a mentira e esperteza
Na covardia da ação
Da momentânea vitória
São manchas feias na história.
Que não destroem a jornada
Da fortaleza sagrada
Levada, viva, no alma
Aos encontros expatriados
Onde brilha uma luz calma
Dos ranchos, hoje tombados.
Nos encontros expatriados
Os ranchos são construídos
Com força de nossas mentes
Enquanto quedam, tombados
Já sem vida, destruídos
Somos as suas sementes.
Em 06/05/2009
Ernani Aloísio Weiss
Egresso em 1973